domingo, 7 de novembro de 2010

Estudos mostram o lado bom dos games!

Aquela velha historia de pai e mãe que jogo faz mal pra saúde, prejudica nos estudos e etc... Não é coisa inventada hoje... O que se ver por ae é um festival de "estudos" apontando os games de transformarem jovens em assassinos, ideliquente e outras coisas boas. 
Mais parece que a maré agora esta esvaindo e estudos ja começam a mostrar o lado bom da moeda: melhora da percepção visual e espacial e do raciocínio lógico e estratégico. Na contramão, cientistas argumentam que esses pontos positivos não são exclusividade dos games, e podem ser desenvolvidos em outras atividades eles nunca dão o braço a torcer 100%.


Nessa balela toda, quem fica sem entender nada, somos nois os "games", mais sera que esses estudiosos ja param pra zerar um Zelda, Mario ou outros games, para sentir como funciona?


"Para mim, jogar videogames só trouxe coisas boas", avalia Simon Bysshe, 21, que é fã de jogos considerados violentos e fez um documentário sobre um grupo de jovens amantes de games.

"Melhorei minha comunicação e meu conhecimento de informática, fiz vários amigos e, jogando em grupo, aprendi a trabalhar em equipe. Acho ridículo dizer que os games tornam o jogador agressivo. A violência está em todo lugar: em filmes e na TV. Não dá para usar os games como bode expiatório."

Paulo Annunciata Lopes, psicólogo do Núcleo de Pesquisa em Psicologia e Informática da PUC-SP, alerta que os games violentos não são inocentes nem vilões. "Eles podem estimular a agressividade do jogador ou podem apenas canalizar sua agressividade. Nos anos 80, demonizava-se o Ozzy Osbourne e o heavy metal. Hoje são os games violentos." hehe Ozzy é o cara mesmo, ainda hoje é considerado polemico...

Simon explica que, para ele, matar um oponente num jogo é só uma forma de ganhar a partida, e a sensação que isso provoca não é diferente da vibração depois de um gol. "Um duelo de morte em um jogo como "Quake 3" é uma batalha estratégica comparável a um jogo de xadrez. O mais rápido, astuto e esperto vence, e isso é que é legal."

O psicólogo Haim Grunspun, que realizou uma pesquisa sobre a influência dos jogos na vida de mais de cem gamemaníacos, entende os argumentos de Simon e vai além. "As escolas seguem seu tradicional processo de instrução baseado no vestibular, que cobra datas e fatos decorados. Mas o mercado de trabalho exige iniciativa, rapidez e estratégia. Essa nova geração está se preparando para uma demanda do futuro."

Sem sangue nem tiro

E o sucesso dos games não está só em tramas que envolvem sangue, tiros e mortes. Jogos como "Age of Mythology" e "The Sims", que não têm nada de violentos, foram apontados como fontes valiosas de aprendizado.

"Acho muito mais divertido aprender com esses jogos que contam histórias de civilizações do que ouvir um professor falando", confessa Bruno Duarte, 15. "Já cheguei até a me dar bem numa prova por lembrar de um jogo chamado "Age of Empires"."

A educadora britânica Anne Sparrowhawk, diretora do Teem (Teachers Evaluating Educational Multimedia), um centro de análise de softwares aplicados à educação, joga no time de Bruno e defende que esses games migrem para a escola.

O estudante Leonardo Teixeira, 15, acha que tudo fica mais interessante dentro de um game, mas avalia que os jogos melhoraram sua atenção. "Acho que os games fazem a gente ficar muito mais esperto na hora de andar na rua", diz.

A psicóloga e professora da USP Maria Isabel Leme atesta a impressão de Leonardo: segundo ela, os games melhoram a coordenação reflexa.

Droga eletrônica


Apesar da divergência de opiniões e resultados de pesquisas sobre games, quando a polêmica é sobre o exagerado número de horas que alguns gamemaníacos dispensam na frente do computador, jogadores e pesquisadores concordam: tudo em excesso faz mal, e os games parecem viciar mesmo.

"De repente, estava jogando 15 horas por dia. Não aguentava mais jogar, mas continuava. Eu até parava de pensar de tanto jogar", relata Burno Ejzenberg, 17, fã de LAN houses. "Eu era desesperado. Só pensava no "Counter Strike". Não fazia mais nada, só ficava na LAN house". Gabriel Lala, 17, conta que até perdeu a namorada por causa da obsessão por games. "Ela não queria ficar comigo na LAN house", justifica.

Grunspun afirma que é cada vez mais comum ver casos de jogo patológico entre jovens, ou seja, casos em que a compulsão por games é tamanha que configura uma doença. "Quem entra nessa nem sente mais prazer ao jogar, só tensão. Tem sintomas como os de um dependente de drogas, como insônia e baixo rendimento escolar. Já vi casos de jovens fazendo até pequenos furtos para conseguir o dinheiro para a LAN house."

Ângela de Azevedo Antunes, coordenadora da orientação educacional do colégio Bandeirantes, que tem como vizinhos duas LAN houses, tem notado mudanças em alunos que estão sob o feitiço dos games.

"Alguns estão mais isolados, outros tiveram queda no rendimento escolar, e há aqueles que não têm mais paciência para fazer exercícios de elaboração mental mais complexa e lenta. Coincidência ou não, são os que têm se dedicado a jogar videogame."


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