quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Metroid Evolução

Vamos fazer uma viagem pelo universo dessa que é uma das maiores franquias da Big N. Nessa primeira parte, revelamos tudo sobre os quatro primeiros games da série. Prepare sua arma de plasma!



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Metroid (NES)






A história de Metroid começou em 1987, no NES. O jogo, que pertence ao gênero ação/plataforma e é apresentado com uma visão lateral da tela, coloca você no papel da mercenária galáctica Samus Aran numa aventura nada fácil. Os jogos posteriores oferecem mapas, pistas, e até mesmo as exatas direções para avançar no jogo, mas não o original. Neste primeiro título, você está sozinho. E é provavelmente esse sentimento de isolamento, acima de tudo, que faz de Metroid um jogo tão único.






Você encontrará bloqueios em seu caminho, e becos sem saída, e barreiras intransponíveis. E a solução será simplesmente voltar e procurar outro caminho, ou uma maneira de explodir o obstáculo. Essa é a base de Metroid: um avanço lento através dos mundos labirínticos enquanto Samus evolui. No início você só pode correr, pular e atirar com um alcance limitado, mas ao encontrar o item Maru Mari você pode se transformar em uma esfera e passar por espaços menores. Depois, mísseis, e um upgrade para sua arma principal, e mais energia, e melhores pulos... você ganhará diversas melhorias, aumentando sua capacidade de se movimentar através dos labirintos de Metroid.


Metroid foi um dos primeiros jogos a usar o sistema de passwords para salvar o progresso do jogador, e é considerado por muitos como um dos melhores - e mais difíceis - jogos do NES.



Metroid II: Return of Samus (Game Boy)




Metroid II é, como o nome sugere, uma sequência direta do primeiro jogo. A principal diferença é que o jogo tem apenas uma - e imensa! - fase. Com vários túneis escuros induzindo um incrível sentimento de claustrofoia à medida que você avança sob a superfície do planeta em busca dos aliens. Você começa com sua nave - para onde pode retornar para recarregar energia e mísseis - mas fora isso você avança basicamente sozinho. Novamente, seus mísseis permitem que você avance por áreas antes intransponíveis, e o jogo se mantém fiel aos estágios estilo labirinto, como no primeiro game.







O ponto mais forte do jogo é a jogabilidade baseada em uma exploração intensiva das áreas, com um perigo ou uma recompensa a cada canto. Há muitas habilidades novas, como minas, uma roupa especial que absorve o dobro de dano, um raio gelado, mais mísseis, etc. Tudo isso contribui para uma atmosfera quase como a de um RPG, pois o jogo conta com muita exploração e possibilidades de customizar a heroína Samus.






Os gráficos não são muito avançados - afinal, é um jogo em preto e branco para o Game Boy - mas o fundo preto da maioria das áreas contribui para construir toda a tensão do jogo e o sentimento de que você está realmente sozinho num mundo escuro e perigoso repleto de aliens. Metroid II é um jogo excelente, definitivamente um clássico do gênero. É um jogo extenso, repleto de áreas que você pode para vasculhar em busca de items e melhorias, e com uma atmosfera muito real de tensão e suspense.



Super Metroid (SNES)







Super Metroid é o terceiro game da série Metroid. Mais uma vez você controla a heroína Samus Aran através dos labirintos do planeta Zebes, mas Super Metroid tem um gosto especial de novidade. O primeiro jogo estabeleceu o cenário e a jogabilidade, o segundo desenvolveu a história e os elementos de exploração, e Super Metroid juntou todas essas características em uma obra-prima do design de jogos. Super Metroid é imperdível.






Aquele sentimento de solidão, de ser você, apenas você e mais nada em um planeta estranho, sombrio e perigoso, continua mais vivo do que nunca. A exploração começa em áreas abandonadas que remetem ao primeiro game, como o estágio de sua batalha final com a Mother Brain, quando Samus ganha a Morph Ball. Ela está aqui de novo, e é o primeiro de uma série de items e melhorias que você encontrará em Super Metroid, cada um deles melhorando as capacidades de Samus.










E é essa fórmula que faz de Super Metroid um jogo tão envolvente. O mundo a ser explorado é bastante vasto e totalmente interconectado, e mais uma vez você precisará dos vários acessórios para poder avançar pelos obstáculos. Essa customização constante, as diferenças entre as habilidades da personagem no início e no final do jogo, fazem de Super Metroid um jogo envolvente como poucos em sua época, que ofereciam pesonagens que seguiam praticamente intactos por todo o jogo. Melhorar as habilidade de Samus gradativamente é muito gratificante, e é o que realmente solidifica a sensação de avançar no jogo. Super Metroid é uma sequência com cara de jogo original, e é simplesmente incrível.



Metroid Fusion (Game Boy Advance)




Chamado pelos fãs de "Metroid IV'' por uma questão de comodidade, Metroid Fusion pode ser considerado uma sequência dos três primeiros jogos sim. A maior mudança em Metroid Fusion é a inclusão de um segundo "personagem": o computador da nova armadura da heroína. Samus agora recebe ordens de uma inteligência artificial instalada na armadura, o que adiciona duas importantes mudanças ao jogo: os objetivos são apontados no início de cada capítulo, diminuindo a exploração errante, e isso cria telas de narrativa com textos e imagens, seja com as explicações de Adam (a mercenária decide apelidar o computador com o nome de um antigo parceiro), seja com os diversos monólogos apresentados durante as longas viagens de elevador.

Com cada nova parte da base que é aberta ao jogador, mais pedaços do grande quebra-cabeça da trama vão sendo revelados, e novos poderes são dados como recompensa à guerreira. Cada tela da base está repleta de passagens secretas que liberam mais armas e fazem valer a pena jogar o game repetidas vezes (além de, claro, a possibilidade de destravar a Samus sem armadura). Os controles do jogo foram bem adaptados para suprir a falta de botões do GBA. O botão R transforma o tiro normal em mísseis. O botão L, como no SNES, coloca a arma na diagonal, e a personagem agora corre sem a necessidade de apertar qualquer botão - é só andar sem parar em uma única direção para acionar o boost. Os controles não decepcionam.

De resto, a aventura é bem parecida com os games anteriores. Quem conhece bem a história de Metroid terá muitas surpresas interessantes (como um velho amigo congelado logo nos primeiros minutos da aventura) e boas lembranças da excelência do jogo do SNES. A diferença está em algumas situações em que Samus encontra sua arquiinimiga: o raio congelante do vírus força o jogador a fugir constantemente, e ela espreita pelos corredores da estação espacial repetidas vezes, forçando a mercenária a andar sem chamar muita atenção para evitar um confronto direto. Metroid Fusion é graficamente muito colorido e detalhado, como Super Metroid, e seu maior (e talvez único) defeito é seu tamanho: o jogo tem por volta de 5 horas de duração.


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Mas a história de Metroid não para por aqui.